quinta-feira, 18 de novembro de 2010

G1 - Geneticista da Coreia do Sul recupera raça de cão quase extinta - notícias em Ciência e Saúde

Cães sapsalis foram quase dizimados durante a ocupação japonesa.
Pele dos animais era utilizada para fazer casacos de inverno.

Do G1, com informações da Reuters

Há atualmente cerca de 500 sapsalis na Coreia do Sul, após mínimo de 8 em meados da década de 80Há atualmente cerca de 500 sapsalis na Coreia do Sul, após mínimo de 8 em meados da década de 80 (Foto: Hyungwon Kang / Reuters)

Uma tradicional raça de cães da Coreia está voltando a se multiplicar depois de décadas de pressões que quase riscaram do mapa os sapsalis (também chamados de sapsals ou sapsarees). Foram décadas de ocupação japonesa, depois a guerra entre as Coreias e a pobreza extrema. Entre 1910 e 1945, os militares do Japão mataram sapsalis a fim de confeccionar casacos para os soldados que serviam na gelada Manchúria. “Sapsalis” significa “os cães que afastam espíritos do mal e infortúnios”.Multiplicação dos sapsalis é um feito quase exclusivo do geneticista Ha Ji-Hong, professor da Universidade Nacional Kyungpook

Multiplicação dos sapsalis é um feito quase exclusivo do geneticista Ha Ji-Hong, professor da Universidade Nacional Kyungpook (Foto: Hyungwon Kang / Reuters)

Em meados da década de 80, só havia oito sapsalis, segundo o geneticista Ha Ji-Hong, professor da Universidade Nacional Kyungpook, na Coreia do Sul. Mas, graças a uma combinação de técnicas tradicional de criação de animais e modelos avançados de manipulação de DNA, Ha e outros pesquisadores conseguiram assegurar a multiplicação dos sapsalis. “Restaurar a raça sapsali com apenas oito cães não foi fácil”, conta Ha.

Uma das características mais valorizadas dos sapsalis é sua extrema lealdadeUma das características mais valorizadas dos sapsalis é sua extrema lealdade (Foto: Hyungwon Kang / Reuters)

O primeiro registo conhecido de um sapsali é de um mural em uma tumba da época do Terceiro Reino (37 a.C. a 668 d.C.). Há outras duas raças nativas da Coreia: jindo e poongsan.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

G1 - Estudo desvenda mistério de como gatos bebem leite sem se lambuzar - notícias em Ciência e Saúde

 

Pesquisa explica a mecânica por trás da ação, que pode estar relacionada com a aversão dos felinos à água.

Da BBC

Um novo estudo, feito por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, diz ter encontrado a resposta para um mistério que envolve o modo como gatos bebem leite sem molhar o queixo.

Ao examinar um gato doméstico com as câmeras de alta velocidade, os cientistas constataram que o animal usa a língua para carregar a água para a boca sem romper a tensão na superfície do líquido.

O estudo, publicado na revista "Science", explica como os gatos se diferenciam dos cachorros, que fazem mais bangunça na hora de matar a sede.

Câmera de alta velocidade registra gato bebendo leite durante pesquisa.Câmera de alta velocidade registra o gato Cutta Cutta bebendo leite durante pesquisa. (Foto: BBC)

O biofísico do MIT Roman Stocker, que coordenou o estudo, diz que teve a ideia de investigar a física das lambidas desses animais após assistir ao seu próprio gato Cutta Cutta se alimentando.

'Me dei conta de que há um problema biomecânico interessante por trás dessa ação tão simples. O projeto evoluiu a partir daí', declarou.

Cutta Cutta foi também a cobaia do estudo, que envolveu engenheiros, físicos e matemáticos do Instituto Politécnico da Virgínia e da Universidade de Princeton e durou três anos e meio.

As imagens mostram que gatos usam um mecanismo mais complexo e sutil para beber, ao contrário de humanos, que sugam o líquido, e de cachorros, que dobram a língua para a frente formando uma espécie de concha.

A língua do gato se dobra para trás ao descer em direção ao liquido e toca levemente na superfície dele, ao invés de mergulhar.

Stocker explica que 'o fluido entra em contato com a língua e adere a ela. Ao puxar a língua rapidamente de volta, o gato cria uma coluna de líquido que vai até a boca'.

Ao fechar a mandíbula, o animal captura parte do leite, e repete o movimento.

Língua-robô
Para compreender o mecanismo com mais detalhes, os pesquisadores criaram uma língua de gato mecânica, e concluíram que o processo é o resultado do equilíbrio entre duas forças - a inércia e a gravidade.

Segundo Roman Stocker, a criação da coluna de líquido é regida pela inércia - a tendência de uma substância de se movimentar em uma direção até que outra força intervenha. A outra força em questão é a gravidade.

'No início, a coluna de leite tem mais comprimento e volume, mas em algum momento a gravidade se sobrepõe à inércia e ela cai de volta na tigela', explica.

Por isso, de acordo com o estudo, o gato precisa saber qual é o exato momento de fechar a boca, para conseguir capturar o máximo de leite que sobre na coluna.

Gatos domésticos dão, em média, quatro lambidas por segundo, cada uma trazendo cerca de 0,1 mililitro de leite para a boca. Grandes felinos como os tigres, lambem mais devagar para manter o equilíbrio entre as duas forças, já que tem línguas maiores.

Stocker e seu time não sabem explicar por que o ato de beber para os gatos envolve um mecanismo tão diferente de outros animais, mas a suspeita é de que ele pode ter nascido da conhecida aversão dos felinos à água.

Eles acreditam que a cara do animal, especialmente a região ao redor do nariz, é extremamente sensível. 'Por causa isso, eles devem querer que ela fique o mais seca possível', diz Stocker.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cão abandonado tinha baratas vivas e mortas no pelo nos EUA

Poodle de cerca de 2 anos perdeu mais de 1 kg de pelo durante tosa.
Várias pessoas já se ofereceram para adotar Ripley, achado na Louisiana.

Da AP
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Foto divulgada por TV local mostra o cão Ripley antes e depois de ser tosado. O poodle abandonado, de cerca de dois anos, foi achado em 19 de outubro na sarjeta na cidade de LaPlace, na Louisiana, e levado a um abrigo em Houma. Os veterinários disseram que havia baratas vivas e mortas no pelo do animal. A tosa retirou mais de um quilo de pelo de Ripley -nome que ele ganhou em homenagem ao título original da série americana de TV 'Acredite se quiser'. Várias pessoas se ofereceram para adotar o cão.Foto divulgada por TV local mostra o cão Ripley antes e depois de ser tosado. O poodle abandonado, de cerca de dois anos, foi achado em 19 de outubro na sarjeta na cidade de LaPlace, na Louisiana, e levado a um abrigo em Houma. Os veterinários disseram que havia baratas vivas e mortas no pelo do animal. A tosa retirou mais de um quilo de pelo de Ripley -nome que ele ganhou em homenagem ao título original da série americana de TV 'Acredite se quiser', cujos produtores o 'adotaram'. Várias pessoas se ofereceram para ficar em definitivo com o cão. (Foto: AP)