quinta-feira, 9 de outubro de 2008

.'. TRIBUNA ANIMAL - A voz dos animais .'. Textos sobre cães - "7 Razões para ter um Cachorro"

Adotados

 

7 Razões para ter um Cachorro

01) Conversas

Muitas pessoas falam com seus cachorros. Elas discutem o que está acontecendo em suas vidas, suas alegrias e tristezas, até problemas que estejam tendo no trabalho ou na escola. Os cachorros respondem? Ainda não, mas fazem algo melhor: ouvem. Diferentemente das pessoas, os cachorros ouvem tudo o que temos a dizer. Eles não se distraem com a TV, o carinha bonito da mesa do lado ou coisas que tenham a fazer no dia seguinte. Os cachorros tem um ouvido maravilhoso - algo que deveríamos aprender com eles.

02) Boa Saúde

Se você quer ter uma vida longa com poucas idas ao médico, eis algumas dicas: coma direito, faça exercício, tenha um cão. Numerosos estudos mostraram que donos de cachorros, tem pressão mais baixa e colesterol mais baixo e menos problemas de saúde em geral. Pacientes coronarianos que tenham cachorros tem muito menor probabilidade de morrer em um ano de hospitalização do que aqueles que não tenham cachorros.

03) Alívio de Estresse

Quando ficamos estressados nossa pressão sangüínea e taxa cardíaca crescem, respiramos mais rapidamente, e nossos corpos recebem uma explosão de hormônios. Todas estas razões são as tentativas do corpo de ajudar-nos a lidar com a situação. Mas tendo estas respostas freqüentemente, podemos prejudicar o sistema cardiovascular. Felizmente, tendo um cachorro, ou mesmo estando perto de um, podemos reduzir respostas perigosas a situações estressantes. Pôr que? Os cientistas atribuem isto ao apoio incondicional do cachorro.

04) Fazer Amigos

Um cachorro é o melhor tipo de "quebra-gelo". Ele não tem nada contra encontrar estranhos (cachorros ou pessoas) e dizer "olá". Pessoas tem uma maior probabilidade de parar e conversar quando você tem um cachorro. Se elas tem um cachorro também, é um laço instantâneo. Muitos casais felizes contam histórias de como seus cachorros os uniram. Que outra forma melhor de conhecer um pretendente? Os cachorros são famosos pela sua habilidade em julgar o caráter.

05) Atividade

Chateado com a vida? Precisando perder alguns quilinhos? Um cachorro é um perfeito motivador. Não importa o tipo de cachorro que você tenha, de um pequeno Chihuauha a um grande Mastiff, há um tipo de atividade ou competição no qual você pode se envolver. Com um cachorro, você pode se inscrever em concursos e competições. Você pode ir a aulas de treinamento e jogos de Frisbee. Ou simplesmente, você pode passear ou correr em volta do quarteirão. Um cachorro coloca você no mundo.

06) Companheirismo

Não importa se vocês dois estão no sofá vendo TV, ou viajando de carro, um cachorro sempre está lá. Ele não precisa conversar sobre o seriado na TV, nem fica lembrando você durante 100Km sobre a entrada errada que você pegou na estrada. Seu cachorro fica feliz simplesmente pôr estar ao seu lado.

07) Amor

O maior atributo de todos sobre um cachorro é a enorme capacidade de dar amor. A enorme capacidade de observação de um cachorro conta para ele quando estamos felizes e quando estamos tristes. E quando estamos tristes, um cachorro tenta de todos os jeitos nos deixar felizes. Os cachorros não ligam para como somos fisicamente, quanto dinheiro temos e que tipo de casa vivemos. A única coisa que importa é que dividimos a vida com eles. É claro que nem todos os cachorros ainda servem para seu objetivo original, mas pelo caminho eles adquiriram.

Priscila  Braido

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ARCA BRASIL - Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal

 

Setembro de 2008

Não matarás
ARCA Brasil entrevista Maria Lucia Metello, a veterinária que saiu em defesa do direito à vida de milhares de cães condenados em Campo Grande, MS

O Notícias da ARCA entrevistou com exclusividade Maria Lúcia Metello (*), a veterinária e advogada de Campo Grande (MS) que se destacou nacionalmente ao combater a eliminação de cães com suspeitas de Leishmaniose Visceral naquela cidade, onde dezenas de milhares de animais já foram exterminados.
De maneira veemente, Maria Lucia propõe a mobilização além de uma postura mais ativa da classe veterinária pelo direito ao tratamento - proibido pelo governo federal -, uma possibilidade concreta de cura aos animais infectados.


Dra. Maria Lucia, poderia dar um beve histórico sobre como a Leishmaniose Visceral se manifestou em Campo Grande e quais as reações desde então?

A Leishmaniose se manifestou pelo descaso em combater adequadamente a doença desde quando surgiu o primeiro foco no Brasil. O Poder Público chegou ao cúmulo de ameaçar multar em R$ 7.000,00 por animal aqueles que impedissem os agentes de saúde de adentrarem as residências para recolher os cães, saudáveis ou não, e levá-los para o extermínio, como se isso resolvesse o problema. De início, não houve qualquer esboço de reação, mas hoje a população percebe que os seus direitos de propriedade devem ser respeitados, assim como o seu direito à saúde, garantido pela Constituição Federal. Estamos seguros que não será com a matança indiscriminada de animais que isso será conseguido. Existem formas mais eficientes que precisam ser adotadas.

O que você tem a dizer sobre a Portaria Interministerial Nº 1.429/2008 que proíbe o tratamento da Leishmaniose Visceral?
Esta portaria é nada mais, nada menos, que o reflexo da arrogante e retrógrada política pública adotada pelo país, que não tem mostrado preocupar-se com a legislação, com a ética e com a moral. O tratamento adequado, ministrado por médico veterinário, é um recurso que a ciência nos oferece e terá de ser permitido.

Você tem algo a comentar sobre os medicamentos da linha humana utilizado no tratamento contra a Leishmaniose?
O princípio ativo de todo e qualquer medicamento de uso humano tem a mesma composição e finalidade da linha veterinária. No Brasil, muitos medicamentos existem apenas na linha humana por uma simples questão de interesse comercial. Ou seja, é bem mais barato fabricar um genérico do que comercializar o mesmo remédio na linha veterinária, já que seria um segundo processo. De uma maneira geral, o uso [de remédios] da linha humana para os animais tem sido feito sem quaisquer problemas. O profissional precisa tomar cuidado com alguns medicamentos que não podem ser ministrados por restrições em algumas espécies, mas proibir a utilização de medicamentos da linha humana e não fabricá-los para os animais e/ou não permitir seu registro no país é, no mínimo, tendencioso. Além disso, o medicamento que combate a leishmaniose, humana e animal, não tem quaisquer restrições.

Como têm sido as pressões diretas e indiretas do governo local?
Existe uma tentativa obstinada para convencer a população a matar o cão em vez de cumprir a prerrogativa de preservar a saúde pública, através de campanhas educativas para conscientizar a sociedade a se prevenir dessa zoonose, que tem ceifado inúmeras vidas humanas e dizimado a espécie canina em nossa cidade.

Ao seu ver, como devem ser as posturas dos órgãos da classe veterinária em torno da Leishmaniose?
Deveriam ser mais vigilantes, adotando uma postura de mais ação. O que adianta o profissional pagar uma entidade que, no final, não defende os seus direitos? E o mais elementar direito do médico veterinário é o de usar os recursos da ciência para assegurar a saúde dos animais. De repente, uma portaria, tecnicamente discutível, quer impedir o exercício pleno desse direito e as entidades que representam a classe se omitem ou reagem de forma frágil. Entretanto, há que se louvar a ANCLIVEPA por ensejar a Instauração de procedimento administrativo pelo Ministério Público Federal - Procuradoria da República em Minas Gerais, objetivando a coleta de elementos para apurar a ilegalidade da Portaria Interministerial n. 1.426, de 11 de julho de 2008, recomendando a sua revogação. No Mato Grosso do Sul, a ong Abrigo dos Bichos ingressa agora com uma Ação Cautelar questionando a legalidade e a constitucionalidade da portaria.

Você confirma a informação de que a população de cães da sua cidade foi reduzida para 50% devido às mortes causadas pela Leishmaniose?
A população canina de minha cidade já estava reduzida em 50% há dois anos. Hoje, nem sabemos mais quantos cães existem, de fato, pois, apesar das decisões judiciais do TJMS e do STJ, referentes à eutanásia de animais comprovadamente infectados pela leishmaniose, a população tem sido impelida a entregar os seus animais para serem eliminados, sob fortes argumentos coercitivos e de grande apelo emocional. De fato, em Campo Grande, os veterinários precisaram sentir a diminuição do caixa no final do mês para começar a tomar alguma atitude mais prática em relação à doença.
(*) Confira!
A Dra Maria Lucia Metello é uma das lideranças nacionais que se reuniram em torno do Seminário Veterinário Solidário, organizado pela ARCA Brasil, no dia 17 de Setembro de 2008.