sábado, 7 de fevereiro de 2009

Furtos de cães de raça revoltam moradores da Zona Sul de SP

 

Donos de animais do Jardim Santo Antônio relatam desaparecimentos.
Eles acreditam que cães estejam sendo vendidos ou trocados por drogas.

Do G1, com informações do SPTV

Um novo tipo de ataque de criminosos revolta moradores do Jardim Santo Antônio, na Zona Sul da capital paulista. Ladrões furtam cachorros de raça, e dificilmente as famílias conseguem recuperar os animais de estimação.

Um instante de distração e o cachorro sumiu. “Quando eu chamei pelo nome dele, Roger, o meu vizinho de frente falou: é um pequenininho? Três rapazes de bicicleta levaram ele", diz a dona-de-casa Solange Sotti. O cão foi levado no dia 22 de janeiro e não apareceu mais.

As lembranças do shih tzu com pelagem branca e creme estão por toda a parte. O cãozinho de dois anos tinha trânsito livre pela casa, dormia onde bem entendesse, era tratado como integrante da família. Solange registrou até um boletim de ocorrência na polícia, espalhou cartazes, faixas e mobilizou toda a vizinhança. “Fiquei mais triste, não consigo dormir todos os dias, sempre fico pensando nele”, diz Gabriel Sotti, de 7 anos.


O Jardim Santo Antônio é um bairro residencial e quase toda família tem um cachorro em casa. No local, estão se tornando frequentes os relatos de desaparecimento de cães de raça. Os moradores acreditam que eles estejam sendo vendidos ou trocados por drogas.

“Aqui nessa rua já houve quatro ou cinco casos, pessoas que nem moram aqui e que não quiseram dar seu depoimento por medo”, diz Solange. A dona-de-casa Eliete Pereira Santos ainda mora no bairro, mas chegou a mudar de casa depois de ter dois cães furtados. O primeiro foi recuperado. “Estava na favela, meu ex-marido foi buscar, já tinham até vendido o cachorro. A dona não queria devolver. Só se ele chamasse pelo nome e ela fosse. E ela veio.”
Nem o dono do pet shop, o comerciante Luiz Roberto da Cruz escapou. “Ficava solto aqui na loja, em um momento de distração ele saiu para a rua e pegaram. Tiveram testemunhas que viram pessoas passarem com ele no colo”, lembra.
Em qualquer caso de roubo ou furto, deve ser registrada a queixa na delegacia mais próxima. Mas dificilmente a polícia recupera o animal, porque não há como mobilizar equipes de investigação para procurar cachorros. O melhor mesmo é tomar cuidado e contar com o apoio da vizinhança. E lembrar que nenhum cachorro pode andar solto na rua, sem guia e coleira.

Agência oferece pacotes de turismo para pets e donos viajarem juntos

No carnaval, todos participam de baile e concurso de fantasias.
Dona montou negócio por amor à 'filha de pelo'.

Luciana Rossetto Do G1, em São Paulo

Ampliar Foto Foto: Divulgação/Dog Tour Viagens Foto: Divulgação/Dog Tour Viagens

Cães e donos passeiam juntos em Florianópolis (Foto: Divulgação/Dog Tour Viagens)

Acabou aquela história de viajar e ter que deixar o cãozinho com parentes ou depender da boa vontade de vizinhos para alimentá-lo. Já que os bichos cada vez mais fazem parte da família, nada melhor do que levá-los juntos em pacotes que incluem uma programação especial para eles.


Para curtir o carnaval com bicho de estimação, a Dog Tour Viagens preparou um pacote rodoviário de dois dias no Golf Hotel de Itu, com saída em 28 de fevereiro e retorno em 1º de março. A maior atração será o baile de carnaval e o concurso de melhor fantasia dos pets.
Os donos ficarão acomodados em quartos junto com os cães e precisam levar a alimentação dos animais, que não é oferecida pelo hotel. O grupo também é sempre acompanhado por um adestrador e um veterinário.

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Atividades nos hotéis têm o objetivo de unir cães e donos  (Foto: Divulgação/Dog Tour Viagens)

“Todas as atividades são pensadas para causar prazer ao dono e aos cães. Não queremos estressar os animais. Os bichos nunca se separam dos donos, fazem tudo juntos”, afirma Igleide Araújo de Almeida, proprietária da agência. “A única ressalva é para cães antissociais ou de raças consideradas perigosas, até por respeito aos outros integrantes do grupo.”

“Filha de pelo”

Igleide, que mora em Curitiba, conta que montou a Dog Tour Viagens em 2004 para organizar pacotes voltados para cães pela própria dificuldade que tinha em viajar com sua “filha de pelo”, a poodle toy Flavinha.

“Eu estava aposentada e viajava muito nessa época. Ela não ficava sem mim, mas éramos muito humilhadas nos hotéis. Para eu conseguir entrar, enrolava Flavinha em uma manta e dizia que era um bebê”, contou Igleide, que passou algumas situações difíceis. “Ela era muito educada, mas toda hora alguém queria ver o bebê e eu sempre tinha que inventar uma desculpa, dizer que estava dormindo, com catapora.”

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Bichos viajam com os donos dentro de ônibus (Foto: Divulgação/Dog Tour Viagens)

A gota d’água para ela montar sua agência foi quando um hotel em São Joaquim (SC) a colocou para dormir em um quarto na área de serviço.

“Minhas viagens se tornaram um estresse na hora de entrar e sair dos hotéis. Só tinha experiências negativas e resolvi batalhar para que isso mudasse aqui no Brasil. Eu morei na Europa e lá as coisas eram muito diferentes”, diz.
Atualmente, Igleide possui o cadastro de 900 estabelecimentos em todo o Brasil que aceitam donos e animais. Ela inclusive montou um guia de turismo, chamado Guia Quatro Patas – Dog Tour.

 


Além do pacote do carnaval, a agência prepara outros pacotes temáticos, inclusive para Natal e Ano Novo. “O grupo viaja para hotéis onde não há queima de fogos, para evitar o sofrimento dos bichinhos”, afirma Igleide.

Mais informações sobre pacotes:

Dog Tour Viagens

Av. República Argentina, 900, lj. 22

Tel: (41) 3079-6394 / 3078-6393

Pet Center Marginal
Marginal Tietê
Av. Pres. Castelo Branco, 1795 – São Paulo/SP
Tel: (11) 2797-7400