segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Edição São Paulo - NOTÍCIAS - Cão que seria despejado de praça em Campinas passa por cirurgia

 

Cachorro Bob mora há nove anos numa praça em Campinas.
Ele ficará em repouso e só poderá voltar para a praça no dia 17.

Do G1, em São Paulo

Ampliar Foto Foto: Patrícia Araújo/G1 Foto: Patrícia Araújo/G1

Bob brinca em ponto de táxi de Campinas, na semana passada, antes da cirurgia (Foto: Patrícia Araújo/G1)

O cachorro comunitário Bob, que vive numa praça em Campinas, a 93 quilômetros de São Paulo, passou por uma cirurgia de castração na manhã desta segunda-feira (9) numa clínica veterinária da cidade e passa bem.

Bob mora há nove anos em um ponto de táxi na Praça Santa Cruz, no bairro Cambuí, e foi alvo de uma polêmica na semana passada que mobilizou a cidade. Por causa de reclamações de alguns moradores, a prefeitura anunciou que o retiraria da praça e o encaminharia para adoção. Mas taxistas e outras pessoas da área se mobilizaram pedindo que o cachorro permanecesse no local e a prefeitura concordou após a ONG União Protetora dos Animais (UPA) se oferecer para fazer a castração do animal e identificá-lo.

 


Segundo o vereador Vicente de Carvalho e Silva (PV), um dos diretores da ONG, com a castração o cão fica mais calmo porque não é mais atraído por cadelas no cio. De acordo com Silva, Bob recebeu pontos internos e não precisará usar um “colar” protetor no pescoço, pois o material serve para impedir que os animais mexam nos pontos.
O cachorro terá de ficar de repouso total durante pelo menos dois dias, pois não pode pular nem correr. Ele deve passar este tempo, segundo Silva, na residência de um casal que mora na praça. Depois ele poderá passear de coleira conduzido por uma pessoa. Em uma semana, Bob já estará recuperado para voltar à praça, segundo Silva. No dia 17 deste mês, deve haver uma recepção especial para receber o cão no local.
Além de ser castrado, Bob recebeu uma tatuagem no abdômen com duas letras de identificação e deve ficar permanentemente com uma coleira que contém uma placa com os números da UPA. Caso o animal se perca, quem o encontrar poderá ligar para a ONG e informar as letras de identificação que constarão no banco de dados da entidade juntamente com uma foto digital do cachorro.

Decisão final

Depois da polêmica, a Secretaria de Saúde de Campinas informou, na quinta-feira (5), que o cão poderia ficar na praça caso fosse castrado e identificado. Em nota, a prefeitura disse que uma lei estadual do ano passado estabelece que "o animal reconhecido como comunitário será recolhido para fins de esterilização, registro e devolução à comunidade de origem, após a identificação e assinatura de termo de compromisso de seu cuidador principal". Com base na lei, o animal poderá continuar onde mora.