quarta-feira, 29 de abril de 2009

TRIBUNA DE URUGUAIANA: Preservar, mas que bicho é esse?

 

Em Uruguaiana, em operação concluída na primeira hora da tarde, desta quarta-feira, dia 22/04, 22 animais silvestres foram apreendidos nos pátios da IMUL, por ação de um contingente de 19 homens da Polícia Federal, fiscais do Ibama (Uruguaiana e Santa Maria), Brigada Militar e policiais rodoviários federais.
Segundo o diretor da Imul, João Francisco Tellechea Filho, a empresa de 57 anos está de luto, a comunidade solidária, lamentando a perda do espaço; destacando as crianças e escolares que usualmente frequentavam o abrigo para conhecerem de perto animais silvestres. João Francisco salienta que em 1999 – o grupo de voluntários havia solicitado a regulamentação da minireserva, sem obter resposta dos órgãos competentes. Também, foi lavrado auto-infração com multa de R$ 61 mil.
O gerente da Importadora, Danilo Gonçalves, considerou o procedimento de três horas e meia – “uma operação de guerra” injusta contra cidadãos de bem. Ato de truculência para resgatar animais recebidos, tratados e acarinhados – sem custo algum para qualquer órgão. Uma iniciativa espontânea e louvável da direção e funcionários que nos últimos 20 anos nunca capturou um exemplar sequer e apenas recebeu animais feridos ou abandonados por proprietários. As despesas de alimentação, veterinário e manejo eram custeadas pela IMUL. Gonçalves narrou ainda que o abrigo serviu ao próprio Ibama quando o órgão não tinha onde deixar animais resgatados.
O IBAMA informou que a apreensão foi baseada no descumprimento da Instrução Normativa 169 de dezembro de 2008 que regulamenta a manutenção de animais silvestres. Todos foram transportados para o Criadouro Conservacionista São Braz – no Passo da Ferreira - Santa Maria.

Por Valéria del Cueto às 18:13:00

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Total despreparo tanto do IBAMA como dos “preservacionista” de Santa Maria.

Caso Imul: Câmara Municipal solicita esclarecimentos ao chefe do IBAMA - Cidades

 

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Vereador Ronnie Mello (PP) apresentou, nesta terça-feira (28/04), um requerimento em que solicita o comparecimento, na Câmara Municipal, do chefe substituto do IBAMA, em Uruguaiana, Silvino Batista, para prestar esclarecimentos sobre a operação de retirada de animais silvestres que estavam sob a guarda da empresa IMUL. A presença do chefe do IBAMA foi requerida para a sessão plenária do dia 5 de maio próximo.
Segundo o vereador Mello, o objetivo da solicitação é ouvir esclarecimentos do chefe do posto regional do IBAMA sobre os motivos da retirada dos animais da empresa e a remoção dos mesmos para criatórios na cidade de Santa Maria. De acordo com os vereadores, a empresa ainda foi multada em R$ 61 mil por manter e cuidar os animais por mais de 20 anos.
O requerimento recebeu o apoio dos vereadores da Câmara Municipal. “Queremos esclarecer dúvidas sobre o procedimento de retirada dos animais e a forma como se deu aquela operação conjunta do IBAMA com a Polícia Federal”, disse. O vereador Mauro Brum (PMDB) também sugeriu que o mesmo convite seja feito ao comando da Patrulha Ambiental da Brigada Militar.

Ibama apreende mais de 20 animais em pátio de empresa em Uruguaiana | Geral

Bichos de diversas espécies foram levados ao Criadouro Conservacionista São Braz, em Santa Maria

Bianca Backes | bianca.backes@diariosm.com.br

Mais de 20 animais de diversas espécies chegaram ao Criadouro Conservacionista São Braz, em Santa Maria, por volta das 19h de quarta-feira. Eles foram apreendidos por uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no pátio de uma empresa de Uruguaiana, na Fronteira Oeste, durante a manhã, e transportados no mesmo dia.
Ao todo, foram recolhidas quatro emas, duas capivaras, um jabuti-tinga, um graxaim-do-campo, uma arara-barranqueiro, uma caturrita, um papagaio-charão, oito papagaios-verdadeiros, dois bugios pretos, um macaco-prego e um ratão do banhado.
De acordo com o Ibama, os animais eram mantidos em Uruguaiana de maneira totalmente ilegal. Os responsáveis foram autuados e serão multados em cerca de R$ 60 mil. 
Segundo o chefe do escritório regional da entidade, Tarso Isaia, a dona chegou a pedir uma autorização para ficar com os bichos, em 1999. Como a legislação não permite isso (a não ser que ela criasse um criatório como o que existe em Santa Maria), os animais foram recolhidos.

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Jabuti recolhido encontrou outros de sua espécie no criadouro de Santa Maria
Foto: Fernando Ramos